quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Qual a diferença entre Análise Gráfica e Análise Fundamentalista?


Tenho vários colegas que visitam o Blog e me perguntam se a Análise Gráfica é a melhor. 
Apesar de acompanhar diariamente gráficos, não podemos deixar de avaliar a saúde financeira da empresa, por este motivo estou postando esta matéria para que entendam como funcionam as duas escolas de análise de investimento.


Existem duas vertentes de análise de investimentos que são normalmente utilizadas pelas pessoas para investir em ações: a análise fundamentalista e a análise técnica.
Enquanto a análise fundamentalista se utiliza dos dados financeiros das companhias emissoras de ações para descobrir o seu “preço justo” e poder compará-lo com o preço da ação no mercado, a análise técnica se preocupa em estudar os gráficos e indicadores técnicos dos preços dessas ações ao longo do tempo, com vistas a prever o seu comportamento futuro.

Análise Fundamentalista X Análise Técnica
Percebe-se uma certa disputa entre os adeptos das duas escolas em relação aos resultados obtidos via as recomendações realizadas por cada uma delas.
Enquanto a teoria de finanças pressupõe que as pessoas sejam racionais e que busquem a melhor relação entre retorno e risco nos seus investimentos, a escola técnica valoriza o aspecto comportamental (ou psicológico) do investidor que, como sabemos, em muitas situações, se distancia do “racional”.
As finanças tradicionais trabalham com o pressuposto de eficiência de mercado e que o preço das ações possui comportamento aleatório – cuja tendência não pode ser prevista. Já a análise técnica entende que o mercado não é eficiente, e que, por conta disso, os preços das ações obedecem a determinados padrões, que podem ser percebidos por meio de suas análises.

Nem tanto ao Céu, nem tanto ao Mar
Como em tudo na vida, não se deve cometer abusos. Há opiniões extremadas a favor de uma ou de outra escola. Entretanto, deve-se relevar a opinião desses analistas radicais que só enxergam um lado da moeda e acreditam que apenas uma das duas escolas “funciona” – de fato.
Na verdade, nenhuma das duas escolas tem capacidade para responder a todas as perguntas. A fundamentalista, por se basear em hipóteses irrealistas, não explica o comportamento das pessoas frente ao risco de perda financeira com ações (entre outras coisas) e a análise técnica, por acreditar que os gráficos têm todas as respostas, muitas vezes se esquece da importância do componente financeiro – necessário a uma boa análise.
Para que se obtenha melhor resultado ao investir em ações, deve-se valorizar os pontos fortes existentes em cada uma das escolas. Elas devem trabalhar juntas, preenchendo as lacunas deixadas por suas respectivas limitações.
Como exemplo, pode-se utilizar a análise fundamentalista para descobrir qual ação está em melhor condição de compra – com preço de mercado abaixo do seu “valor justo”. Ao mesmo tempo, pode-se avaliar por intermédio da análise técnica, qual seria o melhor momento para comprar essa ação. Agindo dessa forma, o investidor terá maior chance de ser bem sucedido nos seus investimentos em ações.

(Fonte Você S.A)

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